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Hoje a mesa é de lanche de fim de tarde para comemorar um aniversário com as amigas. Como eram muitas e elas chegariam em horários diferentes, montamos uma mesa à americana com todas as comidinhas. Sem inventar muito, com delícias feitas em casa, como o bolo de chocolate com côco e o cheesecake de amora e, outras encomendadas, como os salgadinhos e os red velvet cupcakes. Figos com presunto cru, queijos, torradinhas, geleia, uvas e carambolas (essas últimas frutas recém-colhidas do jardim de casa) completaram o cardápio. E como a ocasião merecia flores, colocamos muitas flores na mesa, numa bela combinação de amarelo e roxo! Confira:
(Todas as peças são do acervo pessoal.)
Para homenagear o Mercado Ver-o-Peso eu adoraria montar uma mesa com cachos de pupunha e frutos de tucumã. Ficaria lindo, mas como agora estou longe, a tarefa fica difícil. Para quem não conhece, os dois são frutos de palmeiras amazônicas. Um pouco antes de fazer a viagem, conversando com amigas do Norte, eu descobri que por lá se comia o fruto da pupunha e não somente o palmito como estamos mais acostumados aqui no Sudeste. O interessante é que o cacho inteiro da pupunha é colocado na panela para ser cozida, razão pela qual ela é vendida assim no mercado. Já o tucumã pode ser comido cru e é praticamente impossível de se pegar um cacho, pois a palmeira tem espinhos enormes e aos montes. É preciso ter paciência e esperar que os frutos caiam espontaneamente. O mesmo acontece com a castanha-do-pará, rebatizada recentemente de castanha-do-brasil. Esse papo de comida é muito bom e eu já imagino um menu incrível, bem paraense, para a mesa de hoje. Começaria com bolinhos de pirarucu, depois um filhote com açaí, e sorvete de murici da Cairu, para finalizar. Essa comidinha ficaria linda nos pratos alaranjados, cor de galo-da-serra-do-pará (considerado o pássaro mais bonito do Brasil). Para deixar todo o destaque para os pratos, usei jogos americanos de fibras naturais, guardanapos de algodão branco e argolas de sementes, que na verdade eram pulseiras indígenas. No centro da mesa, plantinhas verdes em cachepôs da cor de açaí e também de açaí são as fibras usadas nos descansos de panela.
(Todas as peças são do acervo pessoal.)